A vós,
Que te alimenta
Tanto do pesar
Quanto do amar...
A ti,
Dama das noites inquietas;
Dona dos corações crédulos;
Senhora dos assentos vazios,
Das luzes semi-acesas, das camas
Ainda desfeitas...
Ó, Espítrito Taciturno!
Que te impõe no corpo
Qual flecha em brasa
Invisível,
Inatingível,
Impugnável!
Tua dor
Indescritível e incomparável,
É prova
Das vidas que sobrevivem
Em pesarosa mortificação.
Minha musa,
Não quero lhe furtar sequer uma
justa e fiel qualidade,
Visto és emérita nas tuas perícias,
De residir
no seio da mãe órfã de sua prole;
Na essência das promessas de regresso;
Como sustento a esperança das paixões;
Na inspiração do pranto vil;
E, tal qual,
Não te furtas em consumir e consumar
Minhas energias e serenidade.
Contra ti
Não há antídoto,
Emplasto ou verdade.
Existes, e simplesmente és
Saudade.
nathalia colombo
Isso minha querida, isso é o Blues...
ResponderExcluirNão em notas ou solos, mas em palavras e poemas.
É uma linda rosa pra quem vê, mas só quem a toca sente os espinhos.
Obrigado pela emoção.