Há dias
em que o sol pouco brilha;
o tempo respeita sua contagem;
o belo lhe parece tão comum;
e a vida não passa de mais uma.
Há momentos
Em que o horizonte
Parece mais longe
que o de costume;
E o estalar
das acomodações estruturais
Compõem um ambiente estéril,
Morto, covarde.
Os objetos
observam-te
Analisam-te;
Julgam-te;
Perante tua alma
Assustada, atormentada
Pelo silêncio ensurdecedor do
Nada.
E tu procuras alento
Nos teus frágeis pilares
Que construíste para
que tua vida ostente
Algum sentido nobre,
Digno de admiração.
E teu coração está mais lento
Porém mais intenso,
Tua visão turva-se ao levantar-te
Tua inspiração empenha-se
Em captar mais oxigênio,
E teus olhos marejam-se
Revelando a angústia de tua alma
Aprisionada pelos algozes
Que contemplam teus
Frágeis pilares
Qual criança
acossada pela ânsia
do seio materno
Tu te perdes nos teus vícios
Engana-te,
alucina-se e
teus sentidos voluptuosos
Aquietam-te por ora.
Levanta-te, criatura!
Olha a tua imagem
E envergonha-te de viver
A vida que não é tua!
De ocupar o nobilíssimo
Posto de ser humano
Que lhe foi concedido
pelo milagre da Existência.
De lograr uma sobrevivência
Sustentada
Por artifícios e subterfúgios
De tua real figura.
Enxerga-te, escuta-te
E "Torna-te aquilo que és!"
nathalia colombo
(Ref.: Nietzsche)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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