Tá fazendo água,
ex-amado!
Ninguém "entrou aqui de gaiato"
e hoje, abandono o barco
- pode me chamar de rato -
Não se amarre ao leme
só pra se fingir de mártir:
seja mesmo homem, capitão,
não marinheiro, imediato.
Essa artimanha de menino
já não cola mais.
Tenho manha de sereia
e gente me esperando no cais.
Flávia Perez
Prancha somente até o último verso, onde a ponta afiada do sabre empurra o marinheiro ao mar, amarrado e com os olhos fixos no cais enquanto afunda...
ResponderExcluirMomento difícil e sofrido, mas nem tudo na vida é alegria.
Não julgo as atitudes tomadas mas a parabenizo por conseguir extrair poesia de um momento assim.