Para ser inteiro
Sê múltiplo dentro ti.
A percepção que permeia
A realidade lúdibre e fugaz
É terra fértil para o florir
Da sanidade extemporânea.
A luz que banha a superfície dos objetos
Em sutis movimentos ondulatórios
É o ensejo de teu intelecto
Para a apreciação de tal formosura.
As notas que imperiosamente
Invadem teu senso impiedoso
Impele teu íntimo ímpio
Do profano ao sacro, e vice-versa.
O tom do batuque daqui
Reverbera dali acolá
Que te acossa, salpica sapeca
Te punge, pinica e te pega.
Tens em ti
Tudo quanto necessário
Para que as vozes de teu ostracismo
Emerjam altivas, em timbres distintos
Porque só se vê, quando vemos
Só se é, quando somos
Eu, tu, nós, vós.
nathalia colombo
terça-feira, 5 de outubro de 2010
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Maravilhoso! Com um gosto de realismo tão doce que chega a me despreocupar um pouco de tudo. Se é que a realidade é doce...
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