Sempre sonhei em ser princesa,
Ver a vida sobre a perspectiva
De um conto medieval
Me fiz donzela puritana
Filha domesticada
E fui colocada num lindo pedestal
Eu só não sabia que a princesa
como o próprio romance
é baseado no ideal
E ela se desfez
Quando da primeira vez
Se viu jogada, sendo penetrada
Entre sangue e gozo
Por seu cavaleiro medieval.
A princesa era eu
E hoje eu rio
Da minha tamanha ingenuidade!
Ingenuidade minha pensar que
Na cama sendo serva pagã
Eu estaria liberta do meu pedestal para a sociedade
Hoje eu aprendi a fugir
E agora há muito mais a aprender
Eu sou muitas coisas quando eu quero
Sem ser preciso provar a ninguém
para realmente o ser.
A princesa ainda é princesa
Mas ela pode ser o que você quiser
Mas aprendeu a ser sobretudo
Muito antes de qualquer coisa
A ser mulher.
Paula Camposo
sábado, 13 de novembro de 2010
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