"NINGUÉM DERROTA A MORTE SEM MATAR-SE"

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A Toca do Coelho

"Quem, de três milênios,
Não é capaz de se dar conta
Vive na ignorância, na sombra,
À mercê dos dias, do tempo."

Goethe

quarta-feira, 23 de março de 2011

Naus Frágeis das Palavras

As palavras não cumprem o dizer
Antes
Perdem-se na rota 
de mares nunca dantes navegados


Dizer não é preciso


Converso 
com você
sem você
e logo
com você
Elas me faltam,
Naufragam


Num oceano de anseios
e cenas
imaginados.

nathalia colombo

sexta-feira, 18 de março de 2011

Lena Horne - Stormy Weather/If You Believe


   Lena Mary Calhoun Horne, nasceu em 30 de junho de 1917. Cantora e atriz, desde de cedo enfrentou uma série de obstáculos relacionados à família e à cor de sua pele que, se não fosse pela consciência de seu notável potencial, decretariam já no início, o fim de não somente de uma brilhante carreira nos palcos, mas de uma inspiradora história de vida atrelada as artes cênicas.
     Entre descrença, preconceito e perseguição política, Lena não apenas sobreviveu mas, viveu transparecendo por meio de sua potente voz e expressão corporal,  paixão, fé e total entrega, sendo precursora de muitas outras divas que trilhariam um caminho parecido.
     Faleceu em maio de 2010 aos 92 anos. E, antes mesmo dos prêmios e menções honrosas que recebeu em vida (e foram poucos em vista da raridade e da potência deste talento) Lena deixou às seguintes gerações de artistas, sua "pepita de ouro", seu mais importante e motivador legado: BELIEVE! 
nathalia colombo

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando existo

Não é
quando penso
que existo
Nem quando sinto
Nem quando durmo
Nem quando amo


É, quando pressinto


o ruído de sorrisos e dentes na celeridade do pulso
o reflexo da emoção do brilho tão logo sombra
a derradeira ausência do olhar relutante
o ponto, a ponta, o encontro.


Quando o tempo me esquece
Quando as vozes se calam
Quando a chuva me escolhe
Quando o suor me escorre


No sangue extravasado
na angústia liquefeita
no verso enjeitado
na loucura à espreita


É,  quando pressinto
quando minto é
quando existo.


nathalia colombo