Lena Mary Calhoun Horne, nasceu em 30 de junho de 1917. Cantora e atriz, desde de cedo enfrentou uma série de obstáculos relacionados à família e à cor de sua pele que, se não fosse pela consciência de seu notável potencial, decretariam já no início, o fim de não somente de uma brilhante carreira nos palcos, mas de uma inspiradora história de vida atrelada as artes cênicas.
Entre descrença, preconceito e perseguição política, Lena não apenas sobreviveu mas, viveu transparecendo por meio de sua potente voz e expressão corporal, paixão, fé e total entrega, sendo precursora de muitas outras divas que trilhariam um caminho parecido.
Faleceu em maio de 2010 aos 92 anos. E, antes mesmo dos prêmios e menções honrosas que recebeu em vida (e foram poucos em vista da raridade e da potência deste talento) Lena deixou às seguintes gerações de artistas, sua "pepita de ouro", seu mais importante e motivador legado: BELIEVE!
Não é quando penso que existo Nem quando sinto Nem quando durmo Nem quando amo
É, quando pressinto
o ruído de sorrisos e dentes na celeridade do pulso o reflexo da emoção do brilho tão logo sombra a derradeira ausência do olhar relutante o ponto, a ponta, o encontro.
Quando o tempo me esquece Quando as vozes se calam Quando a chuva me escolhe Quando o suor me escorre
No sangue extravasado na angústia liquefeita no verso enjeitado na loucura à espreita